- Crédito da Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Publicado em: 20 de janeiro de 2023
STF expediu 8 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. Além do DF, ordens são cumpridas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul.
A Polícia Federal deflagrou, na sexta-feira (20), a primeira fase da operação Lesa Pátria, que mira financiadores e participantes de atos terroristas ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro.
A ação foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, que expediu oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. As ordens são cumpridas no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, e Mato Grosso do Sul.
Até as 8h30, quatro alvos tinham sido presos. Três deles são Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros; Randolfo Antonio Dias; e Renan Silva Sena (veja quem são os detidos).
Entre os presos está Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros. Nas redes sociais, ele aparecia incitando os atos e pedindo dinheiro para a realização deles. Após o desmonte do acampamento golpista no Quartel-General do Exército, em Brasília, Ramiro chegou a visitar detidos no ginásio da PF em que eram mantidos. No entanto, ele não estava entre os presos.
Outro preso na manhã desta sexta-feira foi Randolfo Antonio Dias, detido em Minas Gerais. Na casa de um dos alvos, no DF, os agentes encontraram R$ 22 mil em espécie.
Os alvos são investigados pelos seguintes crimes:
Veja quantos mandados são cumpridos por unidade da federação:
Segundo a corporação, as investigações continuam. A Polícia Federal pede para que, caso alguém tenha informações sobre pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques do último dia 8, encaminhe a identificação para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.
Atos golpistas e criminosos em Brasília
Bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia foi sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.
O prejuízo ao patrimônio público, de todos os brasileiros, ainda não foi calculado. Ao todo, mais de 1,8 mil foram detidas e 1,4 mil permaneceram presas.
Liberados
Na quinta-feira (19), Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) começou a instalação das tornozeleiras eletrônicas nos bolsonaristas radicais soltos após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Até na quarta-feira (18), 200 pessoas tinham sido liberadas por decisão do ministro, relator do caso na Corte. Outras 354 tiveram a prisão convertida em preventiva, e vão ficar detidas por tempo indeterminado. Segundo a última atualização, faltavam analisar 885 casos.
De acordo com a decisão, as pessoas que foram soltas continuam sendo investigadas e são consideradas suspeitas. Além do uso de tornozeleira eletrônica, Alexandre de Moraes determinou ainda que os bolsonaristas soltos cumpram as seguintes medidas:
Fonte: G1