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Polícia Federal investiga monitoramento indevido de autoridades pela Abin


- Crédito da Foto: Divulgação PF - Publicado em: 25 de janeiro de 2024


A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (25), a Operação Vigilância Aproximada. O objetivo é investigar uma organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Os alvos, diz a corporação, monitoravam ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial.

A PF destacou, por meio de nota, que 21 mandados de busca e apreensão estão em andamento. Além disso, os agentes também fazem cumprir medidas cautelares que incluem a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.

De acordo com a Agência Brasil, ao todo, 18 diligências de busca e apreensão estão sendo cumpridas em Brasília. Além de uma em Juiz de Fora (MG), uma em São João Del Rei (MG) e uma no Rio de Janeiro.

A Operação Vigilância Aproximada dá seguimento às investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro de 2023. As provas obtidas pela PF, à época, indicam que o grupo criou uma estrutura paralela na Abin, utilizando-se de ferramentas do Estado para produzir informações para uso político e midiático. O objetivo dos envolvidos era “a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”.

O documento emitido pela corporação ressalta, também, que os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.