- Crédito da Foto: Reprodução - Publicado em: 19 de setembro de 2024
Insônia vai além de uma noite ruim de sono e é dividida em dois tipos: aguda e crônica.
A insônia é um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade de adormecer, permanecer dormindo ou ambos
Todo mundo quer ter um sono de qualidade, mas é praticamente impossível ter 100% de aproveitamento. Sempre terá aquele dia que você vai dormir mal, vai acordar no meio da noite ou vai acordar sentindo que não descansou o suficiente. Isso é normal e não configura insônia, um distúrbio sério que acaba sendo banalizado.
A insônia é um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade de adormecer, permanecer dormindo ou ambos, mesmo se a pessoa tiver tempo suficiente e um ambiente propício para um sono reparador.
“O diagnóstico precisa ter uma história médica bem coletada para entender se é transtorno. Às vezes, a insônia é sintoma de uma doença, como ansiedade e depressão”, explica Rosa Hasan, coordenadora do Laboratório do Sono do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP).
A neurologista explica que, quando o paciente tem queixas de sono, é preciso analisar o horário que ele está dormindo, se o ambiente do sono está bom, quais os hábitos do dia a dia. Se tudo está em ordem e a pessoa continua dormindo mal, é preciso procurar ajuda médica.
Hora do remédio?
Imagine se todos os problemas pudessem ser resolvidos apenas com uma pílula mágica? Infelizmente, essa não é a realidade e isso também vale para a insônia. Inclusive, a primeira opção de tratamento é a terapia cognitivo-comportamental (TCC) para compreender a origem e os motivos da insônia.
Além disso, especialistas lembram que é importante promover mudanças comportamentais, como estabelecer um horário para dormir, ter um bom ambiente para o sono, controlar a exposição à luz, tentar introduzir técnicas de relaxamento e reduzir o consumo de cafeína, álcool e nicotina.
Caso as medidas não farmacológicas não sejam suficientes, aí pode ser a hora de entrar com o medicamento. Mas tudo deve ser bem conversado com o médico, já que o tratamento é individualizado. Ou seja, o que serve para você não necessariamente vai servir para seu amigo.
Rosa Hasan lembra que todos os medicamentos trazem vantagens e desvantagens. Por isso, a automedicação NUNCA é indicada.
“Os medicamentos trazem riscos. Você pode tomar um remédio que ‘chumba’ muito, você acorda de noite e pode se machucar. Pode ocorrer uma sedação residual de manhã. Alguns indutores podem causar até um tipo de sonambulismo. Tem também o risco de dependência. Mesmo os remédios seguros, usados com indicação, trazem efeitos adversos”, alerta Rosa Hasan.
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Insônia aguda e crônica
“A insônia é diferente da privação de sono (que é quando a pessoa dorme pouco). Na insônia o indivíduo tem a oportunidade de dormir, mas acaba acordando mais cedo do que o desejado e não consegue voltar”, explica Luciano Drager, professor associado do departamento de clínica médica da FMUSP e presidente da Associação Brasileira do Sono (ABS).
O distúrbio é dividido em dois tipos:
A sonolência não é o principal sintoma da insônia. O distúrbio pode afetar quase todos os aspectos da vida. A pessoa pode ter mais dificuldades na concentração, pode ficar mais irritada, pode ter problemas de memória, prejuízos metabólicos e cardiovasculares a longo prazo.
Entre os sintomas diurnos relacionados à perda de sono estão:
Por Mariana Garcia, g1