- Crédito da Foto: Jorge Jesus/bahia.ba - Publicado em: 21 de agosto de 2023
Ministro da Casa Civil diz que conversa com Flávio Dino para que banco de dados nacional seja criado a fim de evitar discrepância entre as informações passadas pelas unidades federativas
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), durante evento, nesta segunda-feira (21), que marca o lançamento da licitação para a realização de obras de macrodrenagem na Cidade Baixa, em Salvador, voltou a comentar os índices de homicídios registrados na Bahia e a atenção que o estado tem recebido nesse tema no noticiário nacional, após a divulgação dos dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, no qual a Bahia aparece com 11 cidades entre as 50 com as maiores taxas de homicídio.
Costa, que governou o estado até o dia 31 de dezembro de 2022, reafirmou o seu posicionamento da última semana questionando os dados do Anuário, já que a publicação se baseia em dados fornecidos pelos estados e, por não existir um padrão que regulamente a forma de se registrar mortes por homicídio pelas forças de segurança locais, as informações nesse aspecto ficam desequilibradas.
“Cabe ao governo federal cumprir o seu papel e eu tenho conversado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, para que ele possa instituir uma padronização de como cadastrar e lançar esses homicídios e esses dados de mortes. Pelo Sistema Único de Saúde, você tem um padrão de como classificar uma morte por motivo cardíaco, como cadastrar uma morte por câncer e assim por diante. Na área de Segurança não tem padrão nenhum, cada um cadastra de um jeito. Tem estado que se achar um corpo com afundamento de crânio boiando em uma lagoa cadastra aquilo como ‘mortes a investigar. É isso o que eu digo e é isso que eu repito. O que precisa é o governo federal oficialmente ter um parâmetro para que os 27 estados tenha que seguir e aí sim será possível comprara’”, defende o ministro.
De acordo, o seu posicionamento não invalida a situação da Segurança Pública no estado e no país. E o principal motivo, para o que Rui chamou de “tragédia” é o tráfico e o consumo de drogas.
“Não se discute a tragédia do número de mortes no Brasil, são mais de 50 mil óbitos. O número em si, fala por si mesmo, da tragédia que é e do impacto, infelizmente das drogas. Em todos os estados, inclusive na Bahia, o tráfico e o consumo de drogas são responsáveis por mais de 75% dos homicídios, seja diretamente ou indiretamente”, argumenta o petista.
Eleições 2024
Nesta segunda, por mias uma vez, Rui Costa disse que não deve se lançar candidato à Prefeitura de Salvador em 2024, como alguns aliados chegaram a defender. O ex-governador baiano disse estar focado na sua atual atividade como ministro.
“Eu estou em outra missão agora, que é ajudar o presidente a fazer aquilo que o povo acredita, espera e já aprova o Lula por todas as suas inciativas do primeiro semestre, então, a tarefa agora é outra e as forças do PT e as outras forças políticas aqui nossas haverão de chegar a um denominador comum sobre uma candidatura aqui competitiva para Salvador”, destaca.
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