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Saúde da Bahia é beneficiada pelo Programa Primeiro Emprego


Publicado em: 26 de janeiro de 2018


Magali Batista, técnica em logística (Foto: Alberto Coutinho/GOVBA)

Inserir jovens técnicos no mercado de trabalho é o principal desafio do Programa Primeiro Emprego, que está prestes a completar o primeiro aniversário. Em um ano, 4.370 estudantes oriundos da educação profissional e tecnológica da Bahia tiveram a carteira assinada. Diversos setores contam com os novos profissionais, entre elas a saúde. Atualmente, 462 jovens atuam em unidades como policlínicas e hospitais, atendendo pacientes e também na parte administrativa.

Prioridade do governo, a saúde tem passado por uma verdadeira revolução, principalmente no interior do estado. Novas unidades, reforma e ampliação de hospitais, assim como a instalação de policlínicas regionais, estão transformando a realidade do setor em todo o território.
“Esses jovens fazem parte do processo de ampliação e dinamização da saúde. Nós temos técnicos em toda a rede direta e estamos iniciando a inclusão deles na parte indireta da gestão. O objetivo é que essa força de trabalho chegue para inovar, dando sugestões e melhorando a assistência direta ao paciente”, relata o coordenador do Primeiro Emprego no âmbito da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), Henrique Falck.
A simples inclusão e atualização de dados no cadastro gerido pela Secretaria da Educação do Estado, responsável por fazer o ranking dos jovens egressos da Educação Profissional e Tecnológica, aumenta as chances de contratação. Josevan Souza é técnico em Administração e ficou um ano desempregado antes de conseguir a vaga na Diretoria Geral da Sesab. Convencido pelo pai, Josevan atualizou o cadastro e logo foi chamado: “É maravilhoso estar junto com todos os servidores, em especial os da saúde, fazendo o trabalho em prol do povo acontecer”.
Chance para todos
As vagas contemplam um perfil variado de pessoas. Destaque para as mulheres negras, que ocupam 70% no quadro de jovens contratados pelo Primeiro Emprego na área da saúde. “Assim como eu, todas as mulheres negras que já foram e serão contratadas devem agarrar essa oportunidade, afinal o mercado de trabalho também precisa da gente“, destaca a técnica em Contabilidade Antônia Alves, que está trabalhando no Hospital Geral Roberto Santos (HGRS).
Pessoas com deficiência também têm vez. Magali Batista é técnica em Logística e, mesmo possuindo um percentual muito baixo de visão, atua no Almoxarifado do Hospital Geral Ernesto Simões Filho há um ano. “Muitas empresas não me aceitaram pelo meu problema na visão, achando que eu não iria me dar bem. Aí surgiu essa vaga pelo Primeiro Emprego e eu pude provar que sou capaz”. O chefe da profissional, o coordenador do Almoxarifado da unidade hospitalar, Vicente Miranda, conta que “está satisfeito e feliz com a dedicação da funcionária”.
Diversas secretarias e entidades têm participação no processo. A Fundação Estatal Saúde da Família (Fesf-SUS) é responsável pela contratação e mantém toda a relação trabalhista com os beneficiados, que já foram direcionados para 29 municípios diferentes. “Após nota emitida no Diário Oficial do Estado [DOE], contratamos esses jovens. Além da contratação, fazemos, junto com a Sesab, a locação dos colaboradores nas unidades da saúde em todo o estado. Temos ainda, durante os dois anos de contrato, uma formação pedagógica continuada, com 300 horas de carga horária”, esclarece a gestora Pedagógica e Profissional do Primeiro Emprego pela Fesf-SUS, Carla Valentim.
Requisitos 
Para participar do Primeiro Emprego, é preciso ser estudante da Educação Profissional Estadual e já ter concluído 40% do curso. Aqueles que finalizaram o curso há no máximo um ano, bem como adolescentes qualificados por programas governamentais executados pelo Estado da Bahia, também têm chance de contratação. Os estudantes devem manter os dados atualizados no Sistema de Gestão Escolar (SGE), principalmente telefone, e-mail e endereço, para que sejam encontrados. O cadastro dos dados pode ser atualizado através do site do programa.
No âmbito estadual, os contratos ficam vigentes por 24 meses. Já as empresas privadas decidem pela manutenção ou não das contratações. Nos órgãos estaduais – 54 possuem trabalhadores oriundos do Primeiro Emprego -, o contemplado recebe salário mínimo, plano de saúde (Planserv) e vale transporte.
Repórter: Renata Preza