Publicado em: 19 de maio de 2020
A Suécia é um dos poucos países que não adotaram o confinamento mais rígido por causa da Covid-19
O número de mortes per capita na Suécia bateu o recorde no mês de abril. Segundo o levantamento, o número é 30% maior que a média histórica do país. A Suécia é um dos poucos países que não adotaram o confinamento mais rígido por causa da Covid-19.
Em abril, quase 10,5 mil pessoas morreram em todo o território sueco. O motivo das mortes não são apenas por decorrência do coronavírus. O último alto índice de mortes foi no mês de dezembro de 1993 com mais de 11 mil pessoas mortas no país.
Esse balanço representa que, em uma semana, a Suécia teve o maior número de mortes per capita da Europa, ou seja, pelo menos 6,25 pessoas morreram para cada 1 milhão de habitantes do país.
Se for analisado o índice de mortes por 100 mil habitantes, o pico foi em janeiro de 2000, quando esse indicador foi de 110,8 pessoas. Em abril, esse índice foi menor, de 101,1. Tanto em 1993 quanto 2000, as altas no número de mortes foram atribuídas a surtos sazonais de gripe.
Um levantamento feito pelo jornal “The New York Times” mostrou que, no período entre 16 de março e 3 de maio, houve 27% mais mortes do que a média histórica. Em número absoluto, isso representa 3.300 pessoas a mais, para esse intervalo de datas.
Comparação
A Suécia não adotou medidas restritivas de confinamento por causa da pandemia do novo coronavírus. O país fechou instalações de esportes, baniu aglomerações de mais de 50 pessoas e visitas a asilos para idosos. Os colégios e universidades foram fechados. Parte da população passou a tralhar de casa.
Os número de óbitos na Suécia deixam em evidência a diferença com os países da mesma região. A diferença do índice de mortos por 100 mil habitantes de Covid-19 na Suécia e na Dinamarca é de quase 20 a mais. Sendo que na Dinamarca esse número é de 9,27 e na Suécia de 36,64.