- Crédito da Foto: Foto: Sajjad Hussain/AFP - Publicado em: 18 de agosto de 2021
Há relatos de incidentes em áreas que foram dominadas pelo grupo insurgente nas últimas semanas. Porta-voz do Talibã afirmou que os direitos das mulheres serão respeitados.
Horas após o Talibã tomar o poder em Cabul, a capital do Afeganistão, algumas imagens de publicidade com fotos de mulheres começaram a ser retiradas das fachadas das lojas.
No domingo (15), fotógrafos da agência Kyodo fizeram imagens de painéis com fotos sendo retirados, aparentemente, por pessoas que não são membros do grupo insurgente. Em redes sociais foram publicadas imagens semelhantes, mas sem indicação do local ou da data.
O Talibã tomou Cabul e voltou ao poder no Afeganistão no domingo, 20 anos depois de ter sido destituído por uma coalizão militar internacional. O presidente fugiu do país, e o palácio presidencial foi tomado pelos combatentes do grupo extremista. Antes disso, o Talibã já tinha controlado quase todo o território.
A maioria (cerca de 80%) das pessoas do Afeganistão que tiveram que deixar suas casas por causa do avanço do Talibã é de mulheres e crianças, de acordo com a agência para refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Há medo de que o Talibã volte a impor leis baseadas na interpretação que o grupo faz do islamismo, pela qual mulheres quase não têm direitos.
Nos anos que antecederam a invasão pela coalizão americana, as meninas afegãs não podiam estudar, as mulheres não podiam trabalhar e sequer sair de casa se não estivessem acompanhadas de um parente.
O governo do Talibã também promovia apedrejamento de mulheres acusadas de adultério.
O grupo fundamentalista governou o país durante cinco anos, até 2001, quando a coalizão liderada pelos Estados Unidos tirou os extremistas do poder.
G1