Com a moeda estrangeira mais cara, é esperado que os viajantes escolham visitar destinos nacionais. Um levantamento feito pela Decolar aponta que a cidade é a 2º mais procurada para viagens de fim de ano no Brasil.
“Acreditamos que a ocupação deve chegar a 95% nos hotéis que ficam próximos às áreas turísticas e de lazer. A expectativa é muito boa. O cenário é favorável, inclusive pela alta do dólar, que cria uma demanda imediata para o turismo interno“, avalia Wilson Spagnol, da ABIH-BA.
Durante a virada do ano, as diárias podem ficar até 200% mais caras, segundo o presidente. O custo médio de hospedagens em Salvador fica entre R$ 300 e R$ 2,5 mil. Apesar da boa projeção, empresários avaliam que o setor estaria ainda mais aquecido se não fosse um obstáculo: os preços das passagens aéreas.
As passagens ficaram ainda mais caras no final do ano, com alta de 22,65%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro, divulgado no último dia 10. O aumento de preço influenciou a inflação geral do país, que registrou alta de 0,39%. Em relação a outubro, teve queda de 0,17 ponto percentual.
“Nesse mesmo período do ano passado, nós já estávamos com o hotel lotado. Neste ano, ainda temos alguns disponíveis. As passagens aéreas estão muito caras, e esta tem sido a maior dificuldade”, avalia Maurício Lemos, um dos gerentes do Monte Pascoal Praia Hotel, localizado na Barra, em entrevista ao jornal Correio, parceiro do Alô Alô Bahia.
Mesmo assim, hotéis da cidade estão praticamente lotados entre os dias 30 de dezembro e 2 de janeiro. É o que indica uma pesquisa na plataforma Booking.com. Segundo a agência de viagens, Vila Galé (Ondina), Intercity (Caminho das Árvores) e Catussaba (Stella Maris) são alguns dos que têm poucas opções disponíveis para o período.
Por Maysa Polcri para o Correio*