Publicado em: 26 de abril de 2022
A Ucrânia recusou na segunda-feira (25) um acordo com a Rússia sobre a retirada de civis de uma usina siderúrgica na cidade de Mariupol, e pressionou para que a Organização das Nações Unidas (ONU) seja iniciadora e garantidora de tal acordo.
A Rússia afirmou mais cedo que iria abrir um corredor humanitário para que civis deixem a enorme siderúrgica de Azovstal, onde estão abrigados com combatentes ucranianos sob ataque das forças russas.
É importante entender que um corredor humanitário se abre pelo acordo entre ambos os lados. Um corredor anunciado de maneira unilateral não oferece segurança, e não é, portanto, um corredor humanitário, afirmou a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, no aplicativo de mensagens Telegram.
Pouco depois dos comentários, um assessor do presidente Volodymyr Zelenskiy disse que as forças russas estavam atacando a usina pelo ar, e também com artilharia e tanques.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse na semana passada que era desnecessário invadir a fábrica, onde os últimos defensores ucranianos de Mariupol estão sitiados após dois meses de cerco e bombardeios russos.
A Ucrânia apelou à ONU para que a organização seja iniciadora e garantidora do corredor humanitário de Azovstal para civis, disse Vereshchuk. Ela disse que autoridades das ONU e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha deveriam estar presentes quando qualquer corredor for estabelecido.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, que está buscando uma trégua humanitária na Ucrânia, deve se reunir com Putin em Moscou na terça-feira (26), e com Zelenskiy em Kiev na quinta-feira (28).