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Últimas eleições na Bahia são marcadas por desistência de candidaturas


Publicado em: 2 de março de 2022


ACM Neto, Jaques Wagner e Guilherme Bellintani decidiram não disputar as eleições mesmo sendo apontados como candidatos competitivos

 

As últimas três eleições na Bahia foram marcadas por desistência de pré-candidaturas que surpreenderam o mundo político do estado. A mais recente aconteceu nesta semana quando o senador Jaques Wagner (PT) anunciou que não disputaria ao governo da Bahia nas eleições deste ano.

Wagner, que admitiu em março do ano passado que tentaria ser governador pela terceira vez, disse, em uma reunião reservada com petistas na última segunda-feira (28), que não seria mais candidato porque não tinha mais “tesão nem para participar da campanha nem para governar” o estado. O senador petista já foi governador da Bahia por duas vezes, entre 2007-2014.

Em 2020, foi a vez do presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, anunciar que desistiria da candidatura a prefeito de Salvador. Embora fosse aliado do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto (União Brasil), o dirigente esportivo chegou a negociar com o grupo do governador Rui Costa (PT) para ser candidato pela base petista. Naquele ano, se esperava o confronto entre Bellintani e o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

“Eu acho que um sonho não pode atrapalhar o outro. Quando a gente tem dois sonhos ao mesmo tempo, a gente tem que esperar terminar um, concluir e depois partir para outro. De forma que, ouvindo todas as pessoas que me apoiaram, fizeram parte deste projeto, eu cheguei à conclusão que a hora é de continuar no Bahia”, disse, em entrevista em dezembro de 2019 à rádio Metrópole. “As pessoas falam assim: ‘Guilherme, a chance está passando na sua frente. Se você não for candidato a prefeito agora, pode ser que não seja nunca mais’. Paciência. Não tem problema. A gente existe para sonhar e para poder realizar os sonhos ou não”, acrescentou.

No ano de 2018, apesar da pressão dos aliados, ACM Neto também decidiu permanecer como prefeito de Salvador e não ser candidato a governador. “Meu coração me impede nesse momento de deixar a prefeitura. Eu amo o que eu faço. Eu tenho dedicado a minha vida a Salvador”, argumentou o então prefeito. “Mas nesse momento a minha missão, meu dever e minha obrigação é continuar na prefeitura”, emendou.

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