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Vernissage da exposição ”Carolinas” marcou 1ª dia da Flifs em Feira de Santana


- Crédito da Foto: Hamurabi Dias - Publicado em: 28 de agosto de 2024


A programação também aconteceu no Teatro do Sesc Centro.

 O 17º Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs), começou nesta terça-feira (27). O evento, organizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), este ano tem como tema ”Narrativas Femininas, histórias para resistir” e homenageia mulheres que se destacaram como escritoras, mestres de samba, bonequeiras e artesãs começou com presença de grande público.

As atividades no primeiro dia do Flifs começaram às 9h com a visita de estudantes da rede municipal de ensino nem como representantes da sociedade, que estiveram presentes na abertura dos estandes, apresentações de recitais de cordel e de banda de escolas e lançamento de livros, contação de histórias nos palpos na estrutura montada na Praça Padre Ovídio.

A programação também aconteceu no Teatro do Sesc Centro, com a abertura da vernissage da exposição ”Carolinas”, com uma mostra que homenageia o legado da escritora mineira Carolina Maria de Jesus (1914-1977), autora do livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” e com uma roda de conversa.

A escritora Bárbara Carine, conhecida nas redes sociais pelo pseudônimo de “Uma Intelectual Diferentona”, palestrante e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), finalista do Prêmio Jabuti por dois anos seguidos e ganhadora o Prêmio Maria Felipa, da Câmara Municipal de Salvador, em 2021, participou mesa, onde abordou aspectos e conceitos de uma educação antirracista, tema de uma das suas obras.

“Eu falo no livro ‘Como ser um educador antirracista’ eu falo muito da história de Maria Felipa, mas eu digo que as práticas pedagógicas dela não são tão antirracistas porque o antirracismo é uma perspectiva de enfrentamento ao racismo. Mas é preciso salientar a diferença de branquitude que é o sistema de privilégio, que se materializa em cada pessoa branca, seja branca pobre ou a branca rica, o privilégio está ali posto. Por isso que o Frantz Fanon disse que é preciso exterminar a branquitude porque esse sistema se constitui a partir de outro sistema de demérito existencial. Ao passo que a branquitude é um sistema de privilégio, a negritude é um sistema de ausência de direitos”, diz a escritora.

A abertura oficial do Flifs aconteceu às 18h com apresentação musical da Quixabeira da Matinha e participação de Maryzelia, no palco principal da praça que leva o nome de Chica do Pandeiro. e seguiu com apresentação cultural, contação de histórias e roda de conversa com as mulheres homenageadas nesta edição.

A comissão organizadora do Flifs é composta por representantes da Arquidiocese de Feira de Santana, Secretaria Estadual da Educação, através do Núcleo Regional de Educação (NTE 19), Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) – Campus Feira de Santana. O evento também tem o apoio da Secretaria Estadual de Cultura, através da Fundação Pedro Calmon, Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).