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Zelensky promete reconstruir a Ucrânia e diz que Rússia vai pagar por todos os danos


- Crédito da Foto: Getty Images - Publicado em: 4 de março de 2022


Sob bombardeio constante há oito dias, a Ucrânia está desfigurada. Mas a Rússia não abriu ulcerações apenas na textura arquitetônica do país europeu. Ao atacar (injustificadamente, aos olhos de todo o mundo) crianças, idosos e milhares de civis, os russos escavaram uma ferida narcísica sem precedentes na alma da nação ucraniana.

E foi imbuído do mais legítimo sentimento de indignação que Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, garantiu ao seu povo a reconstrução de “todos os prédios, todas as ruas, todas as cidades” do país.

Em um discurso gravado em vídeo e divulgado nesta quinta-feira (3), o chefe de Estado também afirmou que a Rússia vai pagar por todos os danos infligidos à Ucrânia. “Dizemos à Rússia: aprenda a palavra ‘reparações'”, declarou, sentenciando, ainda, que o país inimigo “vai ter de nos reembolsar, integralmente, por tudo o que fez contra o nosso Estado e contra todos os ucranianos”.

Por ordem de Vladimir Putin, Moscou avança contra a Ucrânia em três frentes, desde o primeiro instante após a declaração de guerra anunciada pelo presidente russo. Forças terrestres e aéreas atacam e bombardeiam, de forma orquestrada e incessante, diversas cidades do país. As autoridades de Kiev, capital da Ucrânia, contabilizam, até aqui, mais de 2 mil civis ucranianos mortos. A Organização das Nações Unidas (ONU) fala em 1 milhão de refugiados.

Putin tentou justificar o que chamou de “operação militar especial” alegando necessidade de desmilitarizar o país vizinho. Conforme o governo russo, essa seria a única maneira de “defesa” encontrada pela Rússia. Ele garantiu, ainda, que a ofensiva vai durar o tempo que for preciso.

A guerra na Ucrânia tem sido condenada pela comunidade internacional. A União Europeia e os Estados Unidos posicionaram-se contra de imediato e responderam ao ataque russo enviando armas e munições à Ucrânia. Além disso, impuseram sanções econômicas ao invasor. O intuito é isolar e sufocar a Rússia, na tentativa de fazer Vladimir Putin retroceder. Mas, até agora, não nenhuma medida surtiu efeito.